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Luiz Costa Lima - Vida e Obra

sexta-feira, 6 de março de 2009

Se a crítica literária brasileira conhece um franco desenvolvimento no século XX, tendo expoentes dignos da literatura que comenta, o mesmo não acontece com a teoria literária no Brasil. Há uma espécie de enrijecimento das fronteiras entre disciplinas que não correspondem ao movimento real não só da literatura como de qualquer área do saber e da cultura contemporâneas. No caso da literatura, a única exceção talvez seja a da importância do argumento sociológico, sobretudo no período anterior à queda do comunismo mundial. Essa visão compartimentada impede análises de maior alcance, principalmente no que tange ao aspecto filosófico da literatura. Luiz Costa Lima é uma das raras exceções a essa tendência. Estudioso da mimesis, que está na base do fazer não apenas poético, mas de qualquer criação propriamente dita, e que, paradoxalmente, é também fonte de tanta incompreensão, em virtude da tradução latina como imitatio, Costa Lima não respeita essas barreiras disciplinares e restitui à literatura toda tensão filosófica a que tem direito.

Obras:

Dispersa Demanda (1981)
O Livro do Seminário (1983)
O Controle do Imaginário (1984)
Sociedade e o Discurso Ficcional (1986)
O Fingidor e o Censor: no Ancien Régime, no Iluminismo e Hoje (1988)
A Aguarrás do Tempo: Estudos sobre a Narrativa (1989)
Pensamentos nos Trópicos (1991)
Limites da Voz: Montaigne, Schlegel (1993)
Limites da Voz: Kafka (1993)
Vida e Mimesis (1995)
Terra Ignota (1997)
Mimesis: Desafio ao Pensamento (2000)
Euclides da Cunha: Contrastes e Confrontos do Brasil (2000)

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