Anúncio provido pelo BuscaPé

LINGUÍSTICA COMPUTACIONAL

sábado, 23 de janeiro de 2010

Termo português para Computational Linguistics - área que é vista, segundo THOMPSON (1983), como um domínio científico convergente entre a linguística, a psicologia, a filosofia e a informática.

A linguística, até aos anos 50 do século XX, era etiquetada como uma “ciência social” com relações privilegiadas, por um lado, com a geografia e a história – sendo certo que, em Portugal, a convergência entre a linguística e as outras ciências foi, fundamentalmente, nestas duas áreas, originando a dialectologia e a linguística histórica – e, por outro lado, com a literatura, a sociologia e a psicologia. A partir dos anos 80, a linguística passou a enquadrar-se, de forma decisiva, no âmbito das ciências da cognição promovendo um trabalho de fronteira com a psicologia cognitiva, a biologia e a neurologia e também com a filosofia da linguagem, a lógica, a matemática e a inteligência artificial.

Com o advento das ciências da computação, a primazia dada à inteligência artificial e a consequente entrosão entre estas duas áreas do conhecimento humano e a linguística, esta última acabou por se desenvolver tanto num plano prático – através do armazenamento e processamento de grandes bases de dados linguísticos que possibilitam um trabalho mais analítico e apurado em linguística descritiva –, como num plano teórico – através da necessária elaboração de modelos teóricos sofisticados que permitam, da forma mais eficaz e real possível, dar conta dos processos cognitivos e linguísticos (aprender, conhecer e memorizar) que ocorrem na mente humana.

No domínio das aplicações, a linguística computacional ocupa-se da tecnologia linguística necessária à variada tipologia da aplicações:

· por um lado, no âmbito do Processamento da Linguagem Natural (PLN), a construção de interpretadores, analisadores ou geradores gramaticais necessários, por exemplo, à elaboração de programas de tradução automática ou à construção de algoritmos para o reconhecimento e síntese da fala humana;

· por outro lado, a elaboração de bases de dados lexicais (léxico geral e especializado), as bases de conhecimento lexical (lexical knowledge base) e as bases de dados lexicais (lexical database). Um bom exemplo deste tipo de aplicações são os corpora linguísticos que se desenvolveram quantitativa e qualitativamente graças às novas possibilidades de armazenamento e processamento dos dados oferecidas pelas ciências da computação.

GRAMÁTICA; LÍNGUA; LINGUÍSTICA; LINGUÍSTICA APLICADA; LINGUÍSTICA COMPUTACIONAL; LINGUÍSTICA TEXTUAL

BIB. Donald E. Walker, Antonio Zampolli, Nicoletta Calzolari (1995) Automating the Lexicon, Oxford: Oxford University Press. Henry Thompson (1983) “ Natural Language Processing: A critical Analysis of the structure of the field, with some implications for Parsing” in Automatic Natural Language Parsing, Chichester: Ellis Horwood. Jürgen Handke (1995) The Structure of the Lexicon, Berlin-N.Y: Mouton de Gruyter. Kirsten Malmkjaer (1991) The Linguistics Encyclopedia, London: Routledge.

http://www.iltec.pt/instituto/index.html

http://webs.uvigo.es/sli/paxinas/links.html

http://www-rohan.sdsu.edu/~gawron/compling/fsa/intro.html

http://linguistics.wwu.edu/links.html

http://www.tu-bs.de:8080/~intemann/coli.htm

Ana Mineiro Rodrigues

0 comentários: