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Literatura comparada

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Distingamos, em primeiro lugar, a atitude comparativa da disciplina de Literatura Comparada. Não que ambas não se relacionem entre si, pelo contrário: é evidente que a Literatura Comparada pressupõe a existência e a prática de um atitude comparativa que, no entanto, apresenta um âmbito e um escopo muito mais amplos e ambiciosos, se bem que metodologicamente menos consistentes. Por outro lado, a atitude comparativa é (e cada vez mais, como veremos) de consideração basilar para o entendimento do que, por facilidade de expressão, é designado como “literaturas nacionais”. Assim, se a atitude comparativa, bem como os pressupostos metodológicos (e até culturais) que ela implica, pode dizer-se que remonta a períodos e momentos históricos muito distantes, já no que respeita à história da disciplina, e da sua progressiva institucionalização, os marcos temporais são bem mais restritos. Na verdade, basta lembrar como a atitude comparativa foi central por exemplo para que a literatura e a cultura latinas se pensassem nas suas relações e especificidades face à literatura e cultura gregas; ou na forma como a Idade-Média integrou e reformulou essa herança clássica, diversificando-a através das específicas direcções que viriam a constituir as várias literaturas nacionais; ou ainda no modo como o problema dos antigos e modernos ciclicamente reaparece, sob formulações diferenciadas, no Renascimento, no início do Iluminismo e mesmo no interior do pensamento modernista, no início do século XX. Convirá reconhecer este conjunto de situações, para que não se proceda à generalização apressada de fazer remontar a disciplina da Literatura Comparada a todos estes “gestos” que, pressupondo uma comparação, não a integram no entanto como fundamentação epistemológica sistemática.

Em sentido próprio, pois, poderá dizer-se que o “élan” comparatista específico começa a formular-se, no século XVIII, em torno de uma situação cultural (e até política) que integra dois movimentos específicos e até correlatos: por um lado, o impulso cosmopolitista e inter-nacionalista a que o Iluminismo oferece um suporte filosófico e ideológico; por outro lado,a prática sócio-cultural, que cada vez mais repousa sobre a ideia-chave e o conceito de “nação”. Da convergência e mesmo do cruzamento entre estes dois movimentos, na aparência de sinal contrário, nascerá, a pouco e pouco, a proposta de uma disciplina que, nos estudos literários (mas, de forma mais vasta, a “vontade comparatista” conforma-se, na altura, em torno de inúmeras áreas do pensamento, desde a história à biologia ou mesmo a geografia, passando naturalmente pela filologia), represente a formalização e sistematização de uma metodologia comparativa: aquela que, não só recorre pontualmente ao confronto entre dois (e depois cada vez mais de dois) fenómenos literários mas, sobretudo, pensa o literário através do procedimento comparativo, ou seja, considera tal procedimento como fundador de uma área da reflexão. O conceito de Weltliteratur, proposto ainda no século XVIII por Goethe, corresponde assim a este intuito que pretende evitar um isolacionismo literário, sublinhando ainda a continuidade relativamente ao modelo anterior de uma “república das letras”, no interior da qual os presupostos nacionalistas eram relativamente pouco actuantes. Pelo contrário, a Literatura Comparada desenvolver-se-á e sistematizar-se-á adentro do que poderemos designar como um “paradigma nacionalista”, o que explica que ela seja considerada, frequentemente (veja-se a este respeito Baldensperger, 1921), como uma disciplina pela qual os gestos e as vontades de entendimento internacionalista encontram um canal quase exclusivo. É ao longo, então, do século XIX que se assistirá à progressiva implantação institucional da disciplina, quer através de cursos universitários que se reclamam do comparatismo quer através da publicação de obras que integram já esta designação quer ainda através da publicação de revistas em que a “literatura comparada” surge como propósito fundador. Entre os nomes que, um pouco por toda a Europa (França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Hungria), contribuem para tal desenvolvimento, surgem os de Villemain, Jean-Jacques Ampère, Sainte-Beuve, De Sanctis, Arturo Graf, Hutcheson M. Posnett. Mas é na última década do século XIX que podemos reconhecer uma implantação institucional e académica da disciplina, com os nomes de Louis Paul Betz e Joseph Texte, que lançarão as bases daquilo que Baldensperger, em 1921, considerará ser, de forma paradigmática, a disciplina do futuro dentro dos estudos literários.

O paradigma comparatista assim progressivamente constituído, e que se prolongará como dominante até aos anos cinquenta do século XX, poderá assim ser brevemente caracterizado como de inspiração nacionalista (embora tal possa parecer paradoxal, mas veremos que o não é) e sublinhando, enquanto orientação metodológica, duas grandes áreas de investigação: a historicista e a tematológica. Vejamos, pois, como estes aspectos conformam, até meados do século XX, a conformação da disciplina. Por um lado, a metodologia expressamente convocada insiste nas “relações literárias internacionais”. Esta designação servirá muitas vezes, na realidade (e na prática), para constituir um cânone não-expresso (mas nem por isso menos poderoso) no interior das literaturas da Europa central e ocidental, jogando-se na distinção implícita entre “literaturas maiores” e “literaturas menores”, sendo as primeiras as que, por via de uma maior força quantitativa e qualitativa (hipostasiada), funcionariam como verdadeiros modelos ou “fontes” para as segundas, que se limitariam assim a um papel secundário, periférico, de integração de influências provenientes dos modelos. Esta tendência é entretanto mitigada por aqueles estudiosos que, como por exemplo Baldensperger, defendem o comparatismo como lugar de uma possível realtivização de uma hierarquia, no sentido em que permitiria contrariar um nacionalismo à outrance, considerado como pernicioso. As características mais visíveis deste fase da disciplina serão o seu europeísmo (que mais tarde, e já de uma perspectiva crítica, será correctamente designado como eurocentrismo), a sua preocupação em definir o seu objecto a partir das relações internacionais factualmente estabelecidas, a sua dependência face a uma história literária ainda concebida de acordo com um paradigma positivista e a insistência correlata no chamado estudo de fontes e influências, a que se junta a chamada “imagologia”, ou seja, o estudo das imagens culturais que um determinado povo provoca em uma outra literatura nacional. A subordinação à área da história literária associa-se, ainda, a um outro campo, que surge como preferencialmente escolhido para uma investigação de base comparatística: trata-se da tematologia (Stoffgeschichte), que se apresenta de algum modo como alternativa conteudística a um comparatismo de conformação histórico-factual. Através da tematologia os estudos literários abrem-se progressivamente a uma reflexão que encara os fenómenos literários não tanto a partir de dados históricos factualmente concebidos mas, sobretudo, a partir dos temas e motivos que os constituem. Tratando-se de uma área cuja importância no momento se deveu precisamente a tais razões (que podemos aliás considerar de inspiração paralela às orientações textológicas por exemplo do New Criticsm), o certo é que a sua implantação trouxe para o seio da disciplina outro tipo de problemas metodológicos, sobretudo relacionados com a indefinição epistemológica e teorética dos fenómenos literários assim constituídos. Tal indefinição explica, por um lado, que a tematologia tenha sido alvo, desde os anos 50 e até por volta dos anos 80, de um evidente descrédito, para parecer, posteriormente, ressurgir a partir de uma reconsideração que não exclui, já, uma reflexão de índole teórica (cf. Trommler, ed., 1995).

Por outro lado, a famosa distinção, proposta pelo comparatista francês Paul Van Tieghem (1931), entre “literatura geral” e “literatura comparada” (aquela abordando problemas de índole mais genérica e de síntese relativos ao mesmo tempo a várias literaturas nacionais, esta residindo sobretudo numa confrontação binária do problema) pode ser entendida como manifestação de que, por volta desse período, se manifesta um certo esgotamento dos princípios que até aí tinham sido considerados como básicos para a investigação comparatista, embora a resposta que Van Tieghem oferece para o problema se situe, nas suas grandes linhas, em torno de uma restrição “especializada” do domínio comparatista.

Os “ventos da história” já não sopravam, no entanto, por aí. O problema a que Van Tieghem aludia, e ao qual pretendia responder, provinha sobretudo de uma cada vez mais clara insatisfação com o modelo historicista e textológico que entre si parecia dividir o campo dos estudos literários, aparentemente obrigando a uma opção entre orientações que privilegiassem os “factos” literários (de conformação histórica) e aquelas que incidissem sobre os “objectos” literários (os textos propriamente ditos). Ora, no final dos anos 40 surgia, nos Estados Unidos, um livro cujo título (revolucionário) era Teoria Literária. Os seus autores, René Wellek e Austin Warren, designavam assim uma área que, se não pode considerar-se como nascendo no preciso momento em que tal formulação surge, representará o paradigma dominante que orientará a reflexão literária na segunda metade do século XX. A “resposta teórica”, essa sim, encontrará profundo eco na reconformação do campo de especulação comparatista, e um dos seus marcos de viragem deve-se ao próprio Wellek que, em 1958, no 2º Congresso da recém-criada Association Internationale de Littérature Comparée, polemicamente intitula a sua conferência “The crisis of comparative literature” (Wellek, 1959).

A “crise” diagnosticada e analisada por Wellek, e que ele faz radicar na fundamentação histoicista e positivista do modelo comparatista tradicional, levará a que, progresivamente, se assista a uma clara renovação dos objectos e métodos da disciplina, protagonizada pela crescentre importância da Teoria Literária nos estudos literários em geral e na Literatura Comparada em particular. Este esforço de renovação (que Claudio Guillén, 1985, acertadamente faz coinidir com a passagem da esfera de dominância francesa para a de dominância americana) leva efectivamente a uma reequacionação das áreas privilegiadas no domínio da Literatura Comparada, que surge cada vez mais como lugar de cruzamento preferencial entre reflexões provenientes de diversíssimos debates teóricos cuja conformação só muito dificilmente poderia ser, na realidade, considerada com especificamente nacional.

É então neste quadro genérico que, de uma perspectiva actual, se poderá fazer uma breve descrição do estado da disciplina e dos campos específicos de reflexão sobre que preferencialmente incide. Em primeiro lugar, deverá reconhecer-se o carácter fundador das relações estabelecidas com a Teoria da Literatura (visível por exemplo no facto de, em muitas Universidades, ambas darem origem a um departamento autónomo), carácter este compreensível se se pensar que é no domínio comparatista que pode ser formulada uma verdadeira consciência ao mesmo tempo supranacional e trans-histórica do fenómeno literário. No entanto, tal não deve ser confundido nem com a recusa da existência de conformações nacionais para certos problemas nem com a defesa de “universais” do literário. Pelo contrário, o conceito de supranacionalidade, que substitui (com inegável vantagem) o conceito de internacionalidade, integra ambos os pólos (nacional e supranacional) como aquilo a que Guillén (1985) chamará “dialécticas”, ou “consciência incessante de um problema”: o de que as fronteiras de uma nação não rasuram nem conseguem esbater as passagens culturais e mais especificamente literárias que estão na base de qualquer dita “literatura nacional” (e mesmo, radicalmente, a fundam). Por seu lado, esta iniludível fundamentação teórica levará, progressivamente, a uma renovação dos estudos relacionados com a História literária - e até com a História das mentalidades -, sobretudo a partir das perspectivas anti-historicistas que os estudos de recepção lhes farão abrir (Jauss, 1969). Na verdade, a plena integração do leitor no inteiro do sistema literário, com o concomitante reconhecimento dos seus “direitos de cidade”, permitirá uma diferente conformação histórica dos problemas comparatistas, entendidos aqui a partir de um ponto de vista de recepção sócio-cultural de um determinado fenómeno literário. Não deveremos, por outro lado, confundir a área dos estudos de recepção com o “velho” estudo de fontes e influências: não só porque a tónica não é já a da produção (o autor), mas sim a da recepção (o leitor e suas diversas configurações), mas sobretudo porque se passa a insistir quer no carácter dinâmico da história literária quer nas relações culturais que o literário pressupõe.

Relacionados de modo muito forte com esta área, os estudos de tradução afirmam-se progressivamente como zona cuja crescente impacto e fundamentação teórica tem inclusivamente levado à sua defesa como área comparatista privilegiada (Bassnett, 1992; Bassnett e Lefevere, eds., 1990). Na realidade, o fenómeno de tradução parece poder equacionar alguns dos elementos quer poético-retóricos quer sócio-históricos quer mesmo institucionais considerados como caracterizando a vida literária, pelo que oferece um campo de indagação muito fecundo para a análise das relações e seus efeitos entre diversas literaturas nacionais. Por outro lado, esta área reflecte ainda um outro movimento epistemológico cuja visibilidade, no interior dos estudos comparados, é sem dúvida significativa. Trata-se da gradual afirmação de um paradigma culturológico que, não podendo dizer-se que está em vias de substituição total e definitiva da orientação textológica, não obstante se cruza com ela na definição mais ampla de problemas atinentes ao fenómeno literário. Por ele se acentuam as zonas de fronteira e de passagem (zonas mistas por excelência e, por essa mesma razão, comparatistas por excelência) entre discursos e problemas de origem diversificada, sublinhando-se o modo como o “texto-em-si”, em tempos considerado como objecto único da investigação literária, é na realidade um objecto hipostasiado enquanto objecto absoluto. Se considerarmos que é a relação (sistemática e fundacional) que caracteriza a pesquisa comparatista, não será difícil de perceber como a orientação culturológica oferece aos comparatistas campos de indagação frutuosa e promissora.

Na mesma linha, deveremos sublinhar uma outra área que, embora com raízes no entendimento tradicional do comparatismo, tem também adquirido uma projecção e uma amplitude cada vez mais significativas: referimo-nos aos estudos interartes, designação que será preferível à (mais tradicional) “Literatura e Arte” ou “Literatura e outras Artes”. Com efeito, em ambas estas designações se partia do pressuposto de uma radical distinção entre “literatura” e “arte”, no que até poderia, de forma enganadora, levar a pensar que a “literatura” não era uma “arte”; por outro lado, as aproximações binárias, que (também aqui) foram predominantes até há algumas décadas atrás, foram sendo progressivamente substituídas por uma indagação mais radicalmente interdisciplinar e mesmo intersemiótica, acompanhando uma alteração paralela no domínio das pesquisas realizadas no âmbito de cada uma das disciplinas artísticas. A tónica volta portanto a ser colocada, não tanto naquilo que as separa (embora as especificidades técnicas e discursivas não devam ser rasuradas, evidentemente, do escopo desta reflexão), mas nas diferentes e específicas conformações que, de algum modo, parecem corresponder a uma indagação comum que lhes seria subjacente. Neste contexto, a perspectiva comparatista oferece um campo particularmente fecundo para a prossecução de tais trabalhos, permitindo a relacionação entre diversas manifestações da prática artística, como por exemplo as várias artes visuais, a música, a dança, o teatro ou o cinema, para lá evidentemente da prática literária propriamente dita e das osmoses a que se encontra também ligada, como por exemplo a questão da ekfrasis, a poesia experimental ou a poesia concreta.

Convirá ainda sublinhar uma outra área que poderá constituir, em anos futuros, uma confirmação de uma outra especificidade comparatista, e que a designação mais comum, “Estudos Leste-Oeste” (East-West Studies), talvez também não permita recobrir nem descrever no seu escopo mais amplo. Trata-se da formalização da tendência anti-eurocêntrica, já atrás referida, e cujo desenvolvimento se tem articulado sobretudo com a progressiva integração das culturas não-ocidentais nas preocupações comparatistas. Com efeito, a deslocação do centro de gravidade de uma “liderança” europeia para um predomínio americano, no seio da Literatura Comparada, não levou automaticamente ao esbatimento da formulação eurocêntrica do paradigma comparatista, até porque a cultura norte-americana rasurou de forma muito transparente, e durante muito tempo, as suas raízes não-europeias. No entanto, nas últimas décadas, e em parte por analogia com a progressiva afirmação das culturas ditas “minoritárias”, assistiu-se à emergência e à institucionalização dos estudos que têm como objectivo prioritário uma reflexão sobre conformações estético-literárias que não especificamente europeias. É neste âmbito que as culturas e as literaturas orientais (efectivamente recobertas pela designação Leste-Oeste) têm vindo a afirmar uma especificidade comparatista que não coincide, na realidade, com o fundo comum europeu que a tradição comparatista já reconhecia. Mas se pensarmos em outras áreas, veremos que tal designação não abrange, obviamente, todas as possibilidades de contacto: certas áreas culturais até ao momento pouco activas no âmbito da comparatística, do ponto de vista institucional, como por exemplo, e no que directamente diz respeito à literatura e à cultura portuguesas, a área da lusofonia, poderão e deverão ter um papel progressivamente mais importante para uma re-definição deste anti-eurocentrismo.

Em síntese, a Literatura Comparada parece poder surgir como espaço reflexivo privilegiado para a tomada de consciência do carácter histórico, teórico e cultural do fenómeno literário, quer insistindo em aproximações caracterizadas por fenómenos transtemporais e supranacionais quer acentuando uma dimensão especificamente cultural, visível por exemplo em áreas como os estudos de tradução ou os estudos intersemióticos. Daqui decorrem três tendências, que julgo centrais para o entendimento das perspectivas actuais do comparatismo: uma tendência multidisciplinar (e mesmo eventualmente interdisciplinar); uma tendência interdiscursiva, visível no desenvolvimento das relações com áreas como a história, a filosofia, a sociologia e a antropologia; finalmente, uma tendência intersemiótica, que tenta colocar o fenómeno literário no quadro mais lato das manifestações artísticas humanas. De todas elas ressalta um aspecto comum: o de que a Literatura Comparada se situa na área particularmente sensível da “fronteira” entre nações, línguas, discursos, práticas artísticas, problemas e conformações culturais. E esta colocação faz dela um campo de indagações particularmente fértil para a colocação de problemas que, se tomados em absoluto, dificilmente poderão encontrar uma formulação epistemológica significativa.

Bib.: Ferdinand Baldensperger, 1921, “Littératura comparée: le mot et la chose”, Revue de Littérature Comparée, 1(1), pp. 5-29; Susan Bassnett, 1992, Comparative Literature. An Introduction, Oxford, Blackwell; Susan Bassnett e André Lefevere (eds.), 1990, Translation, History and Culture, London, Pinter; Pierre Brunel e Yves Chevrel (eds.), 1989, Précis de Littérature Comparée, Paris, PUF; Tânia Franco Carvalhal e Eduardo Coutinho (eds.), 1994, Literatura Comparada. Textos fundadores, Rio de Janeiro, Rocco; Claudio Guillén, 1985, Entre lo Uno y lo Diverso. Introducción a la Literatura Comparada, Barcelona, ed. Crítica; Hans-Robert Jauss, 1969, “Literaturgeschichte als Provokation der Literaturwissenschaft”, ed. Ut.: “Literary history as a challenge to literary theory”, in Hazard Adams e Leroy Searle (eds.), Critical Theory since 1965, Florida State U.P., pp. 164-83; François Jost, 1974, Introduction to Comparative Literature, Indianapolis/New York, Pegasus; Manfred Schmeling, 1984, Teoría y Práxis de la Literatura Comparada, Barcelona, Alfa; Frank Trommler (ed.), 1995, Thematics Reconsidered, Amsterdam, Atlanta; Paul Van Tieghem, 1931 (1951), La Littérature Comparée, Paris, Colin; René Wellek, 1959, “The crisi of comparative literature”, in 1963, Concepts of Criticism, Yale U.P.

Helena Carvalhão Buescu

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