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GLOSSEMÁTICA

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Teoria da linguagem elaborada pelo lingüista danês Louis Hjelmslev, tendo por colaborador H. J. Uldall, segundo a qual a língua deve ser estudada com um fim em si mesma, livre de considerações fisiológicas, sociais, literárias, etc. As demais teorias, até então, não fugiram a tais considerações, tratando, pois, a língua como um meio de algo, sem constituir um sistema autônomo. Destacamos, aqui, os seguintes pontos gerais da teoria:



(a) criação de um sistema científico (uma “álgebra da linguagem”) que refira uma constante válida para todas as línguas, com igual aplicação em suas variantes falada, escrita, Morse, etc.;

(b) um processo (o texto, nesse caso) pressupõe um sistema, e não vice-versa;

(c) o sistema é estruturado em classes e componentes, construindo uma hierarquia. Os componentes de um nível constituem classes em relação a um nível inferior, até que se obtenham os últimos componentes (figuras, num nível menor do que o do signo), a partir da classe mais alta (o texto);

(d) observância ao princípio empírico (numa nova acepção do termo), que implica três princípios dispostos em ordem de exigência: a descrição deve ser (i) sem contradições; (ii) exaustiva e (iii) a mais simples possível. Logo, privilegia-se (i) em relação a (ii) e (ii) em relação a (iii);

(e) a língua compreende, exclusivamente, formas, não cuidando das substâncias de que são recortadas, por serem elas amorfas e, portanto, sem uma possível constante, razão da falha das demais teorias, como se disse mais acima. Há formas de expressão e formas de conteúdo estudadas , respectivamente, pela Cenemática e pela Pleremática, as duas grandes áreas da Glossemática. Seus componentes mínimos são os cenemas e os pleremas.



A teoria lingüística de Hjelmslev foi estudada, sobretudo, pelo Círculo Lingüístico de Copenhague. Trata-se da primeira teoria semiótica e acabada, responsável na formação da Semiótica na França, segundo Greimas.





LINGUÍSTICA; SEMIÓTICA



Bib. : Alarcos Llorach: Gramatica estructural (Madrid, 1972); Michael Rasmussen: Louis Hjelmslev et la sémiotique contemporaine (1993); L. Hjelmslev: Prolegómenos a la teoría del lenguaje (Madrid, 1971).

Ramon Quintela

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